Blá Blá Blá de uma história sem fim...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Contorse. (Pura raiva!? Pode ser.)

Na raiva que me contraiu, me esguie pelo avesso...
Porque sempre padeço nessa ilusão
de achar que tudo é possível num recomeço?
Porque o recomeço é sempre tão cruel,
e minha raiva é sempre uma doença como a Peste e a Febre Bubônica?
E as lastimas da vida pra onde vão?
Porque sempre a um coração sem piedade que nos atrai?
Pra que esse coração serve?
Pulsa de forma descompassada, numa mente doentia.

Porque escrevo tais palavras?!... Será que estou com raiva?
Estou como num inferno ardil!
Pura raiva em torno do meu pescoço...
E esses passos invisíveis pra onde vão?
Sempre deixa marcas pelo caminho que ninguém enxerga
ou tende a esquecer que viu?
Sou sempre assim obscuro?
E como lidou num caminho...
Labirinto do qual me perdi sem volta, as voltas com você.

Me deixa passar?
Deixa... Eu te deixar marcas de compulsão, sem querer...
Deixa eu te levar a loucura, sem temer...
Deixa minha vida ser tua por um minuto só, sem destruir ela...
Deixa...
Deixa?
Experimente-me e você verá!
Com a luz nos olhos nem posso enxergar o frio na espinha...
Meu dorso dói só de pensar! GGGRRR
Que dor...
Que dó!

Pra que esse remorso? De que serve?
Sai prá lá, nem te vejo.
A compulsão cresce, e minhas pupilas dilatam.
Senhor Medo conhece?
Medo,
sofra como a carne crua e sem vida.
Sinta-se sentado numa poltrona desconfortável
e sem nada na sua vida passando na TV...

Deixa-me descontar minha raiva em você!
Liberá-la sem controle
Por que me controla?
Controle do qual quero que se esgace e se desgaste com o tempo...
Meu estilo de vida determina sim ou não meu estilo de morte?...
Mais pra que serve a vida e pra que serve a morte?!?

Não sabes de nada!

Caia e se retorça numa cama fria.
Vá embora, sugue o veneno dos outros,
tem outros gostos,
outra alma,
outro sabor.
Deixa-me em paz, larga...
Me sugas também e
não quer que eu o faça?

Porque procuras tanto?
Não vai achar mais que uma alma perdida no caminho.
Estou em tempo de desaparecer como pó fino...
Poeira suja e sem cor.
Delírio constante de desejos.
Nos quais a minha raiva tende transparecer.
E nada mais importa!

Mila




P.s: Hora que foi feita? 02:28 pm e estava ouvindo Metallica!

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